sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Características


Delimita-se o Arcadismo no Brasil entre os anos de 1768 (publicação das Obras poéticas, de Cláudio Manuel da Costa) e 1836 (início do Romantismo).
Apesar dos traços do cultismo barroco em alguns poetas, a maioria deles procurou seguir as convenções dos neoclassicistas europeus. São elas:
Utilização de personagens mitológicas;
Idealização da vida campestre (bucolismo);
Eu lírico caracterizado como um pastor e a mulher amada como uma pastora (pastoralismo);
Ambiente tranqüilo, idealização da natureza, cenário perfeito e aprazível (locus amoenus);
Visão da cidade como local de sofrimento e corrupção (fugere urbem);
Elogio ao equilíbrio e desprezo às extremidades (aurea mediocritas - expressão de Horácio);
Desprezo aos prazeres do luxo e da riqueza (estoicismo);
Aproveitamento do momento presente, devido à incerteza do amanhã. Vivência plena do amor durante a juventude, porque a velhice é incerta (carpe diem).[2]
Além das características trazidas da Europa, o arcadismo no Brasil adquiriu algumas particularidades temáticas abaixo apontadas:
Inserção de temas e motivos não existentes no modelo europeu, como a paisagem tropical, elementos da flora e da fauna do Brasil e alguns aspectos peculiares da colônia, como a mineração, por exemplo;
Episódios da história do país, nas poesias heróicas;
O índio como tema literário.
Esses novos temas já prenunciam o que seria o Romantismo no Brasil: a representação do indígena e da cor local.

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